quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Lula garante que a meta de redução do desmatamento da Amazônia é de 80% até 2020

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente em Copenhague na conferência climática da ONU, repeliu hoje a versão de que "o Brasil pretenderia vender a Amazônia". Lula garantiu que a meta de redução do desmatamento da Amazônia é de 80% até 2020. O Presidente confirmou que o Brasil aceita parceria nesta causa, dizendo: "É claro que aceitamos dialogar com a comunidade internacional e cooperar com ela em projetos de conservação".
No entanto, Lula deixou claro que o Brasil vem fazendo sua parte e vai seguir cumprindo seu dever na preservação da Amazônia. "Independentemente dessa cooperação, a meu ver ainda muito tímida, o Brasil tem enfrentado com determinação, e sobretudo com recursos próprios, o desafio de conter o desmatamento e de promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Além disso, também é pública nossa meta de redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020, cujo resultado em termos de redução de emissões é superior ao que muitas potências do mundo desenvolvido estão oferecendo até o momento na COP-15", disse o Presidente Lula.

O Presidente Lula concedeu entrevista por escrito aos jornaisPolitiken, da Dinamarca, e o Dagbladet, da Noruega. No Brasil e entrevista do Presidente foi divulgada pela Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto.

Lula disse ainda:
"Posso garantir que, se estivéssemos à espera de o mundo pagar, o quadro do desmatamento hoje na Amazônia seria muito pior do que é."

Nesta quinta-feira, 17/12, no seu primeiro dia na Conferência do Clima de Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a delegação brasileira, incluindo governadores. Lula também teve encontros com chefes de Estado, como os primeiros-ministros do país anfitrião, Lars Rasmussen, e do Reino Unido, Gordon Brown. El também recebeu um telefonema do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Em seu pronunciamento, o Presidente Lula defendeu, como referência nos compromissos dos países, um aumento máximo da temperatura média global de 2 graus centígrados.
Lula garantiu que a meta do Brasil é reduzir suas emissões de gás Carbônico em até 39% até 2020 e disse que isso exigirá recursos da ordem de 160 bilhões de dólares.
Em seu pronunciamento, Lula descartou a responsabilidade de países em desenvolvimento sobre a mudança climática e voltou a cobrar os países desenvolvidos. Disse que os países ricos devem assumir metas mais ambiciosas de redução de emissões de gases, e que "à altura de suas responsabilidades históricas".
Para o presidente brasileiro, "é inaceitável que os menos responsáveis pela mudança climática sejam suas primeiras e principais vítimas [do aquecimento global]". Lula disse que "as fragilidades de uns não podem servir de pretexto para o recuo e vacilação de outros. Não é politicamente racional nem moralmente justificável colocar interesses corporativos e setoriais à frente do bem comum da humanidade".
Lula também relacionou o tema do Meio Ambiente ao da exclusão social, afirmando que "a mudança do clima é um dos problemas mais graves que enfrenta a humanidade. Controlar o aquecimento global é fundamental para proteger o meio ambiente, permitir o crescimento econômico e superar a exclusão social".
"O combate à mudança do clima não pode fundamentar-se na manutenção da pobreza. A mitigação é essencial. Mas a adaptação é um desafio prioritário para os países em desenvolvimento, sobretudo para as pequenas ilhas e países sujeitos à desertificação, especialmente na África". Disse o Presidente Lula em Copenhague.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a manutenção do Protocolo de Quioto. Em seu discurso, o presidente lembrou que o Protocolo de Quioto estabelece a obrigatoriedade de financiamento aos países pobres e em desenvolvimento para a execução de projetos na área.
Consonante com Lula, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, também defendeu a manutenção dos esforços para se atingir as metas estipuladas pelo Protocolo de Kyoto.
Sarkozy também criticou o andamento dos trabalhos em Copenhague. "Um fracasso em Copenhague seria uma catástrofe para cada um de nós. Se continuarmos desta forma, caminharemos para o fracasso", disse.
"Temos que mudar de rumo, ou iremos direto à catástrofe...". "Temos menos de 24 horas, se continuarmos assim, vamos fracassar", insistiu Sarkozy.

Assista ao vídeo do pronunciamento de Lula no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=ld0IFCMhLhA
“A hora de agir é essa. O veredicto da história não poupará os que faltarem com suas responsabilidades neste momento”
, afirmou o presidente Lula.


2 comentários:

Fabiano Andrade disse...

Vamos torcer para que a Meta de nosso presidente seja cumprida pelos próximos governantes desse país.

É uma pena que um assunto que deveria ser fechado com inteligênicia em poucas horas, devido as condições em que se encontra a humanidade, leve dias sem solução e sem propostas fiéis e concretas.

Interesses econômicos não podem ser mais importantes que o futuro saudável da humanidade.

Abraços e parabéns pelo Blog.

Bessa de Carvalho disse...

Olá Frei! Passei por aqui para convidá-lo a ler a minha mensagem de Natal que deixei para os amigos no meu blog.
www.folhadepapiro.blogspot.com

Um grande abraço!

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